terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Entre inimigos e Pilatos


Mateus 27:24 b "...tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo: considerai isso".



Muitas vezes somos colocados frente à circunstâncias que nos causam desconfortos e temores. É cediço que o medo é um sentimento típico dos seres adâmicos, contudo, tal sentimento necessita sofrer a supressão do amor, pois este, somente este, lança fora todo medo.
Hoje se questionarmos homens, mulheres, jovens ou velhos sobre o que realmente os nossos dias trazem medo aos nossos corações, certamente teremos respostas paradoxais e diversas.
Quanto a mim, sentando-me para jantar, peguei-me refletindo sobre o valor e sentido que algumas pessoas possuem em nossas vidas, ou melhor dizendo, o sentimento que nos constrange quando lembramos da ingratidão das pessoas quando não entregamos mais a elas aquilo que elas esperam.
Até quando terei que temer menos os inimigos e acusadores do que os que simplesmente olham nos meus olhos, batem nos meus ombros e ainda por vezes dizem que tem apreço por mim? 
Não temo pelos inimigos, pois estes são declarados e já sei o que devo esperar deles.
Temo por aqueles que simplesmente lavam as mãos e fingem que suas atitudes são as mais normais possíveis.
Inimigos nem sempre são os que estendem as mãos para abrir fogo na guerra, mas sim aqueles que estendem as mãos para a bacia da inércia, omissão, falsidade, hipocrisia, mentira, desdenho e ingratidão.
Uma coisa é fato: os esconderijos dos inimigos fatalmente serão conhecidos, porém os Pilatos desta vida estarão camuflados nos lugares mais próximos, todavia, não saberemos exatamente de onde ou de quem esperar.
Então é esperar, pois nos momentos de nossas dificuldades eles se levantarão de seus tronos de covardia.

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